O Senhor não chama para fazermos coisas, mas sim para estar com Ele, e ser como Ele. Por esse motivo uma tarefa importante no discernimento vocacional é conhecer a Jesus Cristo. Para alguns é a meta tão desejada depois de haver recorrido caminhos errados. Para outros é um dom recebido desde sempre sem dificuldades especiais nem complicações, de forma quase natural.
Para todos deveria ser a tarefa mais importante da própria vida. Em teu coração, como no de todos os homens, há duas perguntas fundamentais. A primeira é sobre a verdade e a segunda sobre a felicidade. Duas perguntas abertas que, se não encontram respostas, podem, inclusive, causar feridas.
Mas essas perguntas encontram as respostas perfeitas em uma pessoa. Jesus Cristo, no Evangelho de João, perguntou para dois jovens que lhes seguiam: “Que procurais?” (cf. Jo 1, 38). Ao final desse encontro, no versículo 41, André disse a Simão Pedro: “Encontramos o Messias!”.
Para cada um de nós, Jesus Cristo deve ser um amigo que acompanha em nossa viagem para a alcançar a felicidade e a verdade.
Você, que estás buscando a vontade de Deus, que buscas a vocação que Ele tem preparado para ti desde sempre, tens que conhecê-Lo intima e pessoalmente. Me vem à cabeça um princípio filosófico: conhecer, amar, seguir. Ninguém ama o que não conhece nem segue o que não ama. O primeiro impulso do coração é justamente este: conhecer a Jesus Cristo.
Recordas de Jo 1, 38? Ao início desse encontro o Senhor era um mestre, mas ao final, para esses jovens, Ele era definitivamente o Messias. Não se trata de uma pessoa qualquer, de um amigo qualquer. O encontro profundo que cada um de nós deve ter é com o Senhor da história. É um “homem Deus” que veio a este mundo por mim, sofreu por mim, foi morto por mim. Me tem acompanhado passo a passo, toda a minha vida. Tem feito milagres, curas, conversões. Ao final de sua vida abraçou a cruz, foi morto e ressuscitou, ascendeu os céus e agora está presente em qualquer sacrário do mundo. Em uma cena muito sugestiva do lago de Tiberíades, os discípulos, ao final do evangelho de São João, voltam a pescar. Tampouco nessa ocasião pescaram algo e, ao amanhecer, aproximando à margem do lago, escutam um homem que lhes chama e lhes pergunta se tem algum peixe. Perante essas palavras, o discípulo “amado” responde definitivamente e por toda a vida “É o Senhor!”. Deus também quer me dar as graças necessárias para que eu também o reconheça e lhe siga…